Postagens

Mostrando postagens de 2011

Soneto do desvario

Colho no entardecer deste domingo Silencioso cansaço dos amantes Lágrimas e suspiros relevantes Sobre um amor equivocado e minguo Uma inverdade mais que delirante Em cálidos murmúrios refletindo Passo a passo um desdobramento ambíguo Em uma’lma entorpecida e inquietante Entretanto és um amor renascido Do corpo exala a sânie da paixão Se desmancho em saudade corrompido E se ao céu enviei um pedido vão Entrego-me ao deleite enternecido Que um dia se consuma o coração

Eu lírico

Imagem
Mais de mil vozes Gritam em mim Tentam entender O que me fez ser assim Um retrato de causa esquecida Um murmúrio de alma perdida Um reflexo de imagem Sem lugar pra existir Sou a voz do poeta Que clama a saudade E sofre os gemidos Do embate

Em dia

Amo o renovo das horas, o clarear do horizonte, o iluminar da lua, e se enojo do comportamento humano na contemporaneidade, sorrio das palavras que decifro. Biografias e bibliografias que se esgotam no tentar acompanhar do que é novo.

Momento

O tilintar de taças cheias Proclamam o êxtase do encontro E felizes combinam em sorrisos e declarações Uma infindável união É acabada a solidão de anos e de corpos ansiosos No esgotar da força de ambos O rolar de suor pela face Nas horas decorridas Um selinho de despedida ... Acabou o vinho da taça.

Minha alma

Os corpos não se entendem com as almas, Bandeira já dizia. Meu corpo entender-se com seu corpo é real, Mas minha alma nem com a sua e nem com o seu corpo. há muito refugia em Deus, e já não se encanta com mais nada que a ofereçam. Só Deus supre seus encantos. Só Deus tem este fortuito inacabado.

Na rua

De vez enquando, encontro com ele na rua, passa com o vidro da janela do carro abaixado e olha para mim. Não diminui a velocidade, nem sorri, não diz boa-noite.. Mas ele me olha fixamente nos olhos, instante que me soa eternidade. Quando ele está do meu lado, ao passar, ele faz um sinal com a cabeça, um cumprimento silencioso e íntimo que me deixa sem voz. Aí, segue a sua trajetória, e me deixa sozinha na rua escura. Atônita, só me recupero ao entrar em casa e deparar com a clara realidade. Sei que esse olhar diz mais que palavras; um animal a espreita de sua vítima. Sei também, que esse carro é a segurança dele e o que nos separa. É incrível saber que essa caça persiste há anos. Sei também que o que nos impede são duas leis que regem a sociedade. Mas, não sei como vai ser o futuro, e muito menos como serão nossos próximos encontros, ele no carro e eu na rua.

Ás

Há duas gemas negras que em mim comandam uma inquietude fria. Um domínio sem misericórdia, incansável, incoerente, de puro capricho. Ignoram os gritos de súplica e rendição. Elas querem o sangue, a vida, a essência; Querem o consumo completo, nada de perdas. Apenas um ego satisfeito, narcisista.

Lembranças

Recordo sempre das noites de frio, que encolhida na cama eu observava  a chuva caindo através das frestas nas tábuas das paredes, clareadas pelos relâmpagos das tempestades. Das manhãs em que fui despertada pelos estalos da madeira no fogão de lenha, que preparavam o café e coziam o feijão. Dos sagrados domingos, em que depois da missa, o frango caipira e a macarronada esperavam para o almoço em família. Das manhãs de Natal e do forno a lenha, onde era assada a leitoa de coro muito crocante. Como esquecer o poço a manivela, de onde tirávamos muitos litros d'água para beber e realizar todos os afazeres domésticos e de higiene pessoal. Minha meninice foi clareada por lampião a gás, enquanto minha mãe passava roupa com ferro em brasa e meu pai contava histórias para os irmãos no chão da cozinha. São lembranças que a modernidade não apaga, e que vivem acordadas na memória e sorriem para mim, como naquelas noites de 30 anos atrás.

Ressurreição

Quando em silêncio desponta a dor na alma e a insipidez do devaneio assola o coração, não há sentido para a vida senão a loucura ou a prisão. É no cativeiro da desesperança que sobressai o desatino e desqualifica o ser humano. Oh! Deus! Supremacia excelência, candura e sossego para alma infeliz, refaz o coro dos anjos em minhas veias, cantem os cânticos da ressurreição e sobreviva impérfida embriagues, sobreviva e corra no rolar dos ventos, entoa a paz, a eficácia das lágrimas; no pranto da solidão. Eis que renasce a solicitude e abriga a tolerância da alma para a paciência da espera, suspiro, recanto do perigo, mas relaxo as dores da alma, enfim encontrei um alento, o destino.

Liberdade

Aos 25 anos era uma prisão escura, triste e atormentada; e sempre era invadida por aqueles que a queriam assim. Um dia, sentiu um abraço forte de um amigo e um motivo para a liberdade; Desejou imensamente quebrar os grilhões e romper com a prisão sombria. Deu um passo em busca de outro abraço, encontrou a luz, a felicidade, encontrou Jesus, Hoje, vive a liberdade do amor e da paz.

Carrossel

Um carrossel girando Lá no céu cantando A luz azul brilhando Entoando um sorriso U m   c a r r o s s e l   g i r a n d o U m   c a r r o s s e l   c a n t a n d o U m   c a r r o s s e l   b r i l h a n d o U m   c a r r o s s e l   s o r r i n d o E o mundo todo girando com o carrossel

Pra comer algodão doce

Pra comer algodão doce, não é preciso ter menos de dez anos. É preciso apenas gostar de pular e correr; pular como se tivesse três anos, e correr como se tivesse sete. Hum! Que delícia sentar no chão, na calçada, e sentir isso como a coisa mais natural do mundo. Limpar as mãos meladas nas pernas das calças e rir, rir sem parar, como um menino.

Alucinógeno

Queria viver a vida da maneira mais precisa, Buscar aventuras, desventuras surreais, Um obséquio, presépio, nada mais. Mas a alternativa é uma correria desleal,                     [suburbana e individualista. Selvageria nas escadas da igreja da Sé, Tribo moicana, tribo fardada, tribo  promiscua, Carro do ano, estação D.Pedro II, Fumaça, fogo, pedra da morte na rua, Pedra que rola do morro no Rio, Desta vez não foi só em cima da favela. A vida não é  coincidência, É crença, descrença, façanha, Um jogo de interferência, e muito trabalho. E quem ganha é quem nunca apanha. Desperta braço adormecido, Despertam verdes brados encolhidos, Estais deitados em berço esplêndido e esquecestes de quem te levanta. Choros, lamentações suicidas, Retratos de auras tão despidas, Despedidas de sua terra vermelha, Invadida por estrangeirismos. A lama que escorre da cidade, lavada pelo                                                   [rio Tietê, É a mesma que escorre pela esplanad

Mansidão

Imagem
Noite chuvosa Folhas ao vento Suspiro profundo Coração ardendo Relevo a tristeza Encontro a esperança E com a chuva Agito a dança Sozinha, sozinha Conto os pingos Que regam os sonhos Infindos

Reflexões

A   possibilidade de amar Lança-me a imensidão do universo, Por isso, vivo com tamanha intensidade. Não receio nada, Nada temo, As manifestações do céu, e seu clima tempestuoso, A invocação do mar, com suas ondas cantando, O vento sopra, e as ondas dançam. Esse cheiro místico do balanço inunda minha alma, E lança-me a plenitude da existência... Sim, eu amo, Vivo ainda. .

Vento

Sinto-me desmanchar nas lembranças Que me circundam os pensamentos E tão leve estou Que o Vento vem e toca-me Meu amigo Vento, Tenho a ti, enfim, Abrace-me, beije-me, sou tua, Meu leve e fresco Vento. Toma-me para ti, Não resisto a tua força, Leve-me contigo para onde for. Festejemo-nos com as belezas da terra, Dancemo-nos pelo ar, Embalados pelos perfumes das flores, Mas não me deixe só, Vento, Sou tua, mas não me deixe só.

O Poeta

Ouvi dizer dos poetas, Que são bruxos, até loucos. Ou que eles tem parte com outro mundo, Pois os poetas, com seus pensamentos, Sempre estão à frente dos outros. Eu ri... Não que tenha debochado daquilo que ouvi; É que achei engraçado, e com meus pensamentos sugeri: Que para alguém entender um poeta Só mesmo sendo um. É que quando Deus o criou, No DNA humano misturou a genética das plantas, Das árvores bem altas e de extensa sombra, E também das flores mais bonitas e perfumadas. Quis ainda a genética dos animais; dos pássaros mais velozes, E da raça de tigres mais ágeis e astutos. E Deus não se cansou, depois de pronto o corpo, Antes de soprar-lhe a vida, pensou que aquele corpo, Merecia uma alma bem nutrida. Aspirou então os dons do vento, O calor do sol, a luz da lua, O brilho das estrelas, a seiva da chuva. Misturou tudo à alma e então soprou nas narinas do homem, E assim, Deus criou o poeta; Que é mais que humano, já que transcende a sua genética. O poeta não é sobrenatural, é natu

Terror

Choveu muito. O morro veio abaixo. Sai daí menina, Sai daí moço, Cata a senhora no colo, Corre pra longe daí, Lá vem lama rolando, Revira o barraco, Revira o lixo, Revira a esperança, Revira a pobreza, Revira o destino, Emporcalha o morro, Emporcalha a moral, Dor, gemidos, gritos, Desalento e choro, Perda de tudo, Do pouco que tem, Mas que para a madame Da quinta avenida em Botafogo Só é bom   pra fazer fogueira. Que tristeza meu bem! E agora o que vem?

Oposição

Lábios sábios de quem sonhou Realidade diferente Olhos lacrimejosos por uma conquista Não realizada totalmente...                                ...porém vencida...... As coisas vistas no mundo, Não as são com os mesmos olhos. Cada um enxerga com os olhos que Tem; Ou os da Direita, Ou os da Esquerda, É assim no mundo.

Tristeza

Dói a dor triste da tristeza, triste dor da dor doída, que embriagada corrói a vida, lembranças doem se lembradas, se não lembradas doem esquecidas, dói a lembrança exausta da vida, vida cansada doída.

Inocente

Neguei o fato, o real e a presença, Pus-me neutra, cálida e exausta, Corri... Livre e solta, E gritei e chorei e sorri, Abri os braços, Os cabelos soltos, Entreguei-me e caí... tu ploft...tu ploft...tu ploft tu ploft...tu ploft...tu ploft ...

Isolamento

Chega, chega de amar do amor só cultivei a dor como frutos recolhi as lágrimas. Chega, sozinha sei por onde ando e se por aí alguém me ver mancando saibam que o amor mutilou meu corpo. Chega, desse sufoco dessa dor d'alma. Chega, da solidão das noites mal dormidas da ansiedade que me trai a vida da descompaixão que me tratam agora. Vou caminhar um novo caminho se por aí me verem sozinha saibam que estou de cara nova. Parto pra vida desacompanhada se do amor não trago nada a não ser a dor e um propósito quem conheceu um amor não correspondido e que sentiu um coração partido não quer mais amar e nem ser amado.

Flores Brancas

Flores brancas tão singelas Encobertas de orvalho Ressoam ao amanhecer Balançam ao soprar dos ventos Encolhen-se no abrigo das folhas Flores Brancas que tanto almejo Vê-las enfeitar os meus cabelos Ao caminho do altar Flores Brancas quando será Que deixarei de caminhar Sozinha por aí E com um amor Te olhar, te admirar.

Muitas mulheres em uma vida

Imagem
Durante minha vida Fui muitas mulheres, Vivi grandes histórias, Conheci vários lugares, E na passagem rápida do tempo Fiquei sem distinguir Quem realmente sou Daquelas que tanto vivi... Nem loira       Nem morena             Nem ruiva Nem frágil tampouco forte Nem lúcida tampouco louca Nem presente tampouco indiferente Nem boa tampouco má Nem alegre tampouco triste Vivi o destino de minha vida. Hoje, sou um pouco de todas, Conciliando os desejos, As lembranças, sucessos e perdas, Das muitas mulheres que fui.

Quem sou...

Sou a expressão da fala a lembrança do medo Sou a procura do amor é este meu desassossego Sou o sorriso imperfeito a alegria desfeita Sou a alma incompleta o corpo inacabado Não sou o primeiro nem sou o último Não sei quem sou e se sou Quando encontrar o amor quem sabe passarei a existir Se não sou para alguém, ao menos existo para mim mesmo.

Sensibilidade

A sensibilidade existe, na dor do fracasso, no goso da vitória, no cheiro da terra molhada, no frescor da chuva. Na alegria d'alma, mesmo sem risos, na virtude da sabedoria, mesmo sem estudos, na caridade, mesmo sem riquesas, na inocência, mesmo na provação, e na certeza de que na vida, tudo requer um minuto de paciência e calmaria.

Retrato

Exilado na minha total ignorância Sigo a trajetória da vida, Desenvolvida na fé dos meus atos, Relapsos e desarticulados, Como em vago chão. O sapato doado e de um Número menor me aperta os calos, Sorrisos e lágrimas Mancham minhas roupas, Compradas no brechó da avenida. A gravata esconde o que no colarinho A ambientada traça corroeu, E a cueca esgarçada me lembra Que nascer pobre e com pouca sorte Não é bom, é um grande desaforo. O meu olhar cansado pela idade, Embaça as cores dos outdoors, Meu sabor tem gosto de nada, O tato sonolento é trêmulo, E a coluna enverga, no avançar dos dias. Os passos cansados tomam O rumo da última jornada E eu só queria hoje é que Tudo viesse até mim. To aqui, To à toa, Parado, sentado, Olhando pro nada. Ainda bem que tem um ventinho.

Noite III

Eu gosto da noite, Mas não pela escuridão que nela transita, Como muitos imaginam. Gosto da noite, porque somente nela É possível observar a beleza da lua. Fascina-me o contraste criado pela luz Ao adentrar a escuridão. Extasio-me ao perceber que a escuridão Cede   aos passos claros da luz. E vencida, se encolhe nos cantos das casas, Nas quebradas das ruas, Embaixo das árvores. Como teme a escuridão, a luz da lua, Que tão meiga e serena avança. Outro dia, percebi que ela cantarolava Uma canção de amor, Ao passo que vencia a escuridão. Eu sou como ela, Sigo sorrindo e cantarolando, Ao mesmo tempo em que venço A minha escuridão, Sem que ninguém compreenda esse domínio.

Noite ll

O avançar da noite é um encanto Não é a escuridão que fascina, E sim, o frescor do corpo despido, Inerte no gotejar do silêncio. Somente a noite é possível sondar as estrelas, Faiscantes e jubilosas da sua existência. Traços leves e hipnotizados se levantam Ao platinado olhar da lua. Já não é preciso apressar, A corrente sanguínea desacelera E o análogo respirar se funde As nuvens dos sonhos. Muitos, porém, optam pelos olhos fechados, Sem luz da lua e das estrelas Olhos com brilhos improvisados, Do descontínuo desejo de sonhar. Sonhos de brilhar como a lua, Esplendoroso e vespertino equívoco. É preciso viver para sonhar.

Como estações

Arranquei o amor nas tempestades de inverno, nos dias exaustivos de dor e distanciamento, um clima suave, q uase superação. Mas no desabrochar da primavera, as negras nuvens dissiparam, derreteu o gelo, u medeceu o coração. Dia quente. Dia de verão. Foi ao entardecer.  Inexplicável espanto. Aconteceu. Do lado  mais fértil do coração, àquele amor tão conhecido, q'eu jurava ter esquecido, cresceu, tomou espaço. É outono. Em meio às brasas, este sentimento, vaga com o pensamento, busca alcançar o amor. Mas a muito é partido, em caminho construído. Peraí...  alcanço... Com os olhos!!!

Noite

Quando a noite chega Não vem sozinha Trás como companhia A lua, as estrela... O silêncio das ruas A escuridão e os lampejos Trás o clamor da solidão O cansaço da insônia Vagueiam na noite os pirilampos Apenas o vento entoa uma canção Que embala os sonhos e refresca a alma Durma noite Sonhe noite Descanse noite Dure a eternidade das horas Neste dia de hoje Enquanto o raiar da manhã não chega Muitos sonhos não se realizarão Nesta nova manhã No entanto Logo vem o fim De mais uma tarde Que para os apreciadores De uma bela e misteriosa noite É o recomeço de uma nova aventura

Discurso de orador proferido por mim na Colação de Grau da turma de Letras da Unip, do dia 25/01/2011 em Assis, intitulado: "Seres de Luz"

          Em primeiro lugar quero agradecer a Deus, que em sua infinita grandeza nos permitiu chegar até aqui. Nada seria possível sem o dom da vida e das capacidades a nós confiadas e bem aproveitadas por todos   até o devido momento.          Agradecimento especial ao diretor desta instituição de ensino   Prº. Samir Saliba Murad, a Profª Drª. Roseli Gimenes coordenadora geral do curso de letras, a   Coordenadora do curso Profª. Drª Adriana Rennó, aos demais professores e professoras que nos agraciaram com suas experiências, vocês foram como anjos enviados por Deus para nos ajudar nesta caminhada, sem vocês nada disso seria possível,    e aos colaboradores e funcionários desta unidade da Unip em geral, muito obrigada.          Aos nossos pais, irmãos, filhos, maridos e esposas, namorados e namoradas, familiares em geral, amigos e amigas que nos incentivaram durante esta caminhada, muito, muito obrigada mesmo, o que sentimos hoje é um profundo agradecimento, incapaz de ser traduzido em

Reflexo do mundo

Queria muito entender as pessoas, às vezes me sinto uma passageira ocupando o transporte errado. É como se eu estivesse a frente do meu tempo, dadas as formas de pensamentos que sou obrigada a conviver... Ouço tantas vozes dentro de mim, procuro o silêncio para poder desvendar o som das vozes, mas não consigo ainda. Às vezes enxergo sem ver, ou finjo que vejo porque já não vejo nada mesmo. O som da noite me convida madrugada adentro e me deixo levar.... uma, duas, três horas da manhã.... Manhã de um novo dia a clarear no horizonte. Um novo ensaio então, e lá vou eu para mais uma representação dessa vida, em que protagonizo minha história frente ao mundo, mundo bejeto, objeto, dejeto, reflexo.... Que saudade das utopias, das reflexões, das noites em que ainda brincávamos de passar anel, éramos jovens ainda, a mãe Terra era jovem, e as pessoas eram diferentes. Utopias, Filosofias, passado... O futuro é agora... e é tudo tão vago. Eu...já é de madrugada e eu....
"Uma mulher só aprende a ser filha ao tornar-se mãe."

Avaliação do amor

Imagem
Quero ler mas a lembrança de você não deixa Minhas habilidades cognitivas se dispersam Apenas em seu nome encontro múltiplos sentidos agora Já não me lembro nem da matéria que hoje era pra estudar Contudo nesta semana tenho avaliações e preciso me concentrar Se esta prova ao menos fosse pra falar do seu olhar Saberia desenvolver qualquer tema e explicar O expressionismo que nele reflete o impressionismo do meu olhar Se fosse então sobre o seu jeito não haveria qualquer defeito Semântico e nem sintático que impossibilitariam de responder A coerência de nossos atos que sem combinações Resultam em emoções entendidas e nada superficiais E se elaborassem umas questões sobre seu beijo que euforia... Pois no eixo paradigmático não há palavras para explicar A sensação de devaneio provocada em meu peito Na sucção do seu beijar... Dez seria a minha nota com tal verossimilhança Que nem mesmo  Machado Em tal circunstância tentaria me reprovar.
"Nunca diga a um homem que você o ama, pois neste dia você o perderá para sempre."
" A consciência é o espelho da alma."
Conto:   Cristais       Esta é uma história de Cristais. Há poucos quilômetros de uma cidadezinha do interior de São Paulo, existe um lindo lugar. Este lugar é o retrato que mais perto se assemelha a um paraíso. Paraíso de pequenas pedras preciosas.       Com o passar do tempo, essas pedras foram modeladas, esculpidas, talhadas como arte, por qualquer força maior que delas se aproximassem e   por anos ininterruptos as pedras ficaram a mercê destas forças. Eram chuvas mansas, tempestades, garoas frias como o inverno ou quentes como as noites de verão. Num determinado tempo, essas pedras sentiram necessidade de ofuscar o mundo com seus brilhos magníficos, e cada qual tomou uma direção.        Existia também, neste lugar que mais perto se assemelhava de um paraíso, dois magníficos sustentáculos. Eram dois suportes aparentemente frágeis, mas que viram com seus olhos, as pedras se tornarem cada vez mais preciosas, à medida que se tornavam únicas. E cada uma, passou a simbolizar um valor no

Revelação

Revelo às letras o que dantes Apenas seu retrovisor conhecia Contamina-me o desejo em querer-te Inflama-me o peito ao pensar em tua pele Teu olhar queima-me E como fogo Restringe minh’alma a ceder-ter Louca sou Ao entregar-me A tais sentimentos Mortificada estou Sabendo as duras exortações Que receberei Ai, como provém este infortúnio A afligir minh’alma Se no olhar já transgredi Minhas penas Louca sou em querer-te Louca sou em fraquejar-me Às tentações de teu jeito

Oração

Deus dos milagres Das ave-marias Dos joelhos dobrados Dos desesperados A que dor me vem De um sujeito a quem O amor prendeu Desalento meu Se vou perdida Por entre a vida Não mais precisa De igual a nada Do milagreiro eterno Socorra o amor Aqui vencido Salva a dor, desalojada Vem raio de luz Curar-me a alma É tua também Lembra-te bem Eterno Deus Lembra-te bem Dos apelos meus

Eu...Você

Na dúvida de você me encontrar       Te procurei Na falta de seu olhar        Te enxerguei No descaso de suas palavras       Falei por você No desaconchego de seu abrigo       Orei para que Deus o protegesse Na falta de tempo para comigo       Pensei em você todos os momentos Na falta de uma jura de amor       Prometi amor eterno No percurso que prolonga entre nós       Faço manobras de curta distância Na infidelidade       Enclausurei meu coração Nas vezes que buscou a todas       Fui só para você Nos seus risos de uma nova conquista       Fui lágrimas de abandono Na sua vida de felicidade       Sou dor e saudade Nos dias em que ama cada uma       Resta-me a solidão, o silêncio E o tempo que for preciso       Para poder te esquecer