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Mostrando postagens de julho, 2011

Mansidão

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Noite chuvosa Folhas ao vento Suspiro profundo Coração ardendo Relevo a tristeza Encontro a esperança E com a chuva Agito a dança Sozinha, sozinha Conto os pingos Que regam os sonhos Infindos

Reflexões

A   possibilidade de amar Lança-me a imensidão do universo, Por isso, vivo com tamanha intensidade. Não receio nada, Nada temo, As manifestações do céu, e seu clima tempestuoso, A invocação do mar, com suas ondas cantando, O vento sopra, e as ondas dançam. Esse cheiro místico do balanço inunda minha alma, E lança-me a plenitude da existência... Sim, eu amo, Vivo ainda. .

Vento

Sinto-me desmanchar nas lembranças Que me circundam os pensamentos E tão leve estou Que o Vento vem e toca-me Meu amigo Vento, Tenho a ti, enfim, Abrace-me, beije-me, sou tua, Meu leve e fresco Vento. Toma-me para ti, Não resisto a tua força, Leve-me contigo para onde for. Festejemo-nos com as belezas da terra, Dancemo-nos pelo ar, Embalados pelos perfumes das flores, Mas não me deixe só, Vento, Sou tua, mas não me deixe só.

O Poeta

Ouvi dizer dos poetas, Que são bruxos, até loucos. Ou que eles tem parte com outro mundo, Pois os poetas, com seus pensamentos, Sempre estão à frente dos outros. Eu ri... Não que tenha debochado daquilo que ouvi; É que achei engraçado, e com meus pensamentos sugeri: Que para alguém entender um poeta Só mesmo sendo um. É que quando Deus o criou, No DNA humano misturou a genética das plantas, Das árvores bem altas e de extensa sombra, E também das flores mais bonitas e perfumadas. Quis ainda a genética dos animais; dos pássaros mais velozes, E da raça de tigres mais ágeis e astutos. E Deus não se cansou, depois de pronto o corpo, Antes de soprar-lhe a vida, pensou que aquele corpo, Merecia uma alma bem nutrida. Aspirou então os dons do vento, O calor do sol, a luz da lua, O brilho das estrelas, a seiva da chuva. Misturou tudo à alma e então soprou nas narinas do homem, E assim, Deus criou o poeta; Que é mais que humano, já que transcende a sua genética. O poeta não é sobrenatural, é natu

Terror

Choveu muito. O morro veio abaixo. Sai daí menina, Sai daí moço, Cata a senhora no colo, Corre pra longe daí, Lá vem lama rolando, Revira o barraco, Revira o lixo, Revira a esperança, Revira a pobreza, Revira o destino, Emporcalha o morro, Emporcalha a moral, Dor, gemidos, gritos, Desalento e choro, Perda de tudo, Do pouco que tem, Mas que para a madame Da quinta avenida em Botafogo Só é bom   pra fazer fogueira. Que tristeza meu bem! E agora o que vem?

Oposição

Lábios sábios de quem sonhou Realidade diferente Olhos lacrimejosos por uma conquista Não realizada totalmente...                                ...porém vencida...... As coisas vistas no mundo, Não as são com os mesmos olhos. Cada um enxerga com os olhos que Tem; Ou os da Direita, Ou os da Esquerda, É assim no mundo.