Reflexo do mundo

Queria muito entender as pessoas,
às vezes me sinto uma passageira
ocupando o transporte errado.
É como se eu estivesse a frente do meu tempo,
dadas as formas de pensamentos que sou
obrigada a conviver...
Ouço tantas vozes dentro de mim,
procuro o silêncio para poder desvendar
o som das vozes, mas não consigo ainda.
Às vezes enxergo sem ver,
ou finjo que vejo porque já
não vejo nada mesmo.
O som da noite me convida madrugada
adentro e me deixo levar....
uma, duas, três horas da manhã....
Manhã de um novo dia a clarear no horizonte.
Um novo ensaio então, e lá vou eu para mais uma representação
dessa vida, em que protagonizo minha história frente ao mundo,
mundo bejeto, objeto, dejeto, reflexo....
Que saudade das utopias, das reflexões,
das noites em que ainda brincávamos de passar anel,
éramos jovens ainda,
a mãe Terra era jovem, e as pessoas eram diferentes.
Utopias, Filosofias, passado...
O futuro é agora... e é tudo tão vago.
Eu...já é de madrugada e eu....
Eu me sinto cada vez mais menos pertencente a esse mundo.

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